Opinião: Ninguém pode mandar calar a famosa torcida que canta e vibra!
Vídeo: LANCE!
O comportamento de Luiz Adriano vem desagradando a torcida palmeirense há um tempo.
A falta de responsabilidade, dentro e fora de campo, somados à lentidão e as confusões diretamente com a torcida, vem fazendo com que a mesma sequer cante seu nome na escalação pré jogo dentro do Allianz, um hábito clássico e que abrange todos os jogadores.
Ontem, após marcar o gol de empate dentro de casa, Luiz Adriano comemora fazendo um gesto de quem manda a torcida se calar. Infelizmente, a torcida que além de pagar seu salário, veste a mesma camisa.
Imagine só, pagar tão caro num ingresso, em plena segunda feira, 21:30 da noite, para ver um centro avante em má fase mandar você mesmo calar sua boca, dentro da sua própria casa ( e ainda por cima num gol achado por acaso, contra um time que briga pra não cair, mas que talvez, em sua cabeça, tenha sido um gol de bicicleta numa final de campeonato).
Será que ele entende que ele fez o mínimo e que é bem pago pra isso?
Quando você faz algo certo no trabalho, você manda seu chefe calar a boca?
Há apenas uma palavra que resuma esse comportamento: vexatório.
Se ele tem que provar algo pra alguém, que comece provando a si mesmo, treinando e melhorando seu condicionamento. A torcida joga junto, mas diante desse comportamento, não pense que ela não pode também jogar junto do rival. Ou pelo menos, como um rival. Talvez, seja assim que os torcedores, que saem de suas casas, faça frio ou faça calor, de noite ou de dia, pelo país todo, cantando e gritando os 90 minutos, sejam vistos pelo Luiz Adriano: como rivais.
Afinal, não se manda a sua própria torcida calar a boca. Na verdade, o sonho de todo jogador deveria ser a torcida vibrando, empurrando e incentivando, gritando seu nome. Mas talvez nem todos mereçam mesmo viver isso.
Não é sobre o Luiz Adriano nunca ter feito nada pelo time, nunca ter marcado gols decisivos ou em clássicos. Mas ídolos não nascem de gols ou títulos, apenas.
Ídolos nascem no vestiário, nascem no carisma de Dudu, na garra de Fernando Prass, no esforço de Marcos, na sede de Edmundo, no brilho de Ademir da Guia.
Nunca nascerá idolatria e carinho, onde se planta divisão, falta de respeito e preguiça.
Quem tem que se calar, não somos nós.
Nós nunca nos calamos, perdendo ou ganhando.
E não vai ser um jogador, em mais de 100 anos de história da SEP, que vai calar a boca de mais de 10 milhões de palmeirenses.
Que Luiz Adriano cale sim nossa boca, no momento certo, com um gol bonito, e não com esse nariz empinado que na verdade está numa cara mais no chão do que qualquer outra.