Leila chegou até a provocar o rival, dizendo que o "Real Madrid está esperando", em referência à decisão que poderia ter acontecido no Mundial de Clubes deste ano, em que o Flamengo caiu na semifinal, e usou termos como "soberba" ao se referir ao comando do Rubro – Negro.
O site ESPN apurou que o Verdão não é o único clube incomodado, no momento, com a postura do Flamengo nos bastidores. Outros clubes que integram a organização também concordam que a postura do presidente do time carioca tem atrapalhado possíveis avanços da Libra.
O principal ponto da queixa não está relacionado com a divisão de receitas da futura liga, nem mesmo com a cláusula que protege Flamengo e Corinthians já anunciada pelo grupo. Leila e alguns outros dirigentes não estão satisfeitos com a exigência de unanimidade entre os clubes, defendida por Landim, para alterações ou aprovações em temas referentes à Libra.
Os cariocas exigem que essa regra seja cumprida, algo que acaba garantindo que clubes como Flamengo e Corinthians, que são hoje quem têm as maiores receitas provenientes de direitos de transmissão, possam frear alguma ideia que agrade boa parte dos demais.
Na visão do Palmeiras, essa exigência por unanimidade é um entrave para avanços nas discussões, já que os 18 clubes que compõem o grupo precisam estar alinhados. Leila, inclusive, demonstrou descontentamento com "reuniões da Libra que são cansativas e não se decide nada" em seu desabafo.
Momentos antes da entrevista da presidente palestrina, inclusive, os presidentes dos clubes da Libra fizeram uma reunião por vídeo, definida apenas como de "atualização" das partes. Na conferência, não houve quaisquer conflitos ou embates entre Palmeiras e Flamengo. Até por isso, alguns dirigentes ouvidos pela reportagem foram surpreendidos pela fala de Leila.
Nos encontros da Libra, porém, Leila e Landim tiveram fortes divergências em assembleia realizada no dia 28 de fevereiro. Foi naquele dia em que o grupo aprovou seu modelo de cálculo para a divisão de receitas de transmissão, ficando mais próximo, inclusive, do que é defendido pelos times da Liga Forte Futebol (LFF), grupo que reúne outras equipes do Brasil para a criação de uma liga nacional.
Apesar das divergências entre Leila e Landim, nos bastidores, a Libra não acredita em grande impacto para o futuro da organização. Segundo definiu uma fonte à reportagem, a situação está "sob controle". A declaração da mandatária alviverde foi vista mais como uma manifestação da rivalidade entre Palmeiras e Flamengo, do que um "racha" no movimento por uma liga.
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Bruno Saad - Universo Palestrino - (@brunossaad)
