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ACORDO EM DESACORDO

ACORDO DO USO DE ESTÁDIO ENTRE PALMEIRAS E SÃO PAULO NÃO AGRADA INTERNAMENTE

No último dia 04 de fevereiro, o Palmeiras enfrentou o Santos e venceu pelo placar de 3x1. O alviverde não perde para o rival desde 2019 em rodada válida pelo returno do Campeonato Brasileiro daquele ano. A novidade fica por conta do local onde fora realizada a partida válida pela 6ª rodada do Campeonato Paulista, o estádio do Morumbi. Isso aconteceu porque os clubes iniciaram um acordo, o São Paulo que receberá o show do Cold Play deve sair de sua casa para jogar a semifinal no Allianz Parque em caso de classificação.

Esse acordo feito por Leila Pereira, não agradou parte do conselho. O confronto de ideias habita entre o olhar para frente e esquecer o passado, contra os recorrentes episódios de embate que os clubes tiveram além das quatro linhas ao longo dos anos. Isso sem contar um lado comercial existente, que não traria vantagem aos cofres do Palmeiras e principalmente a exposição de patrimônio e riscos de violência e depredação, segundo os conselheiros.

Em tempos modernos temos a fala da Presidente Leila Pereira: “Se o São Paulo precisar jogar no Allianz, eles vão jogar no Allianz e a rivalidade tem que ser dentro de campo. Temos que fortalecer o produto futebol. Não queremos mais isso de coisa do passado” Por outro lado já diria Oberdan Cattani “Corinthians é rival São Paulo é inimigo.” Frase a qual já era bastante mencionada na gestão de Mauricio Galiotte, possivelmente pelos mesmos conselheiros contrários a tal decisão.

Um grupo de 34 conselheiros emitiram uma carta repudiando esse acordo, entendendo que o mesmo é uma afronta desrespeitosa com a história do clube. Ainda classificam as consequências como uma tragédia anunciada, veja alguns pontos destacados pelo conselho:

“Além do risco real de episódios de violência, também se ampara um flagrante desrespeito a nossa história” Parte da carta se refere há algumas questões como, parte da sede social do clube estar próxima das entradas do estádio, além de sede de torcidas organizadas e lojas temáticas do Palmeiras localizadas em torno Allianz Parque. Essas estariam vulneráveis e sujeitas a ataques por parte da torcida rival.

Poucas coisas nos desrespeitam mais do que permitir um rival, por muitas vezes desleal, se aproprie de nossa casa” Aqui os conselheiros se referem a questões além dos gramados, desde a tentativa de tomar o antigo Palestra Itália, em 1942 a mudança de nome, até questões recentes como Libertadores 2005, a transferência de Alan Kardec para o rival com a tratativa desrespeitosa do então Presidente Carlos Miguel Aidar dizendo que o Palmeiras havia se “apequenado”.

Por fim os conselheiros também ressaltaram a questão comercial, já que nesse caso o Palmeiras não teria a renda do jogo, apenas a porcentagem vigente em contrato com a W Torre igual ocorre em eventos fora do futebol. Também o aluguel do Morumbi teria um valor mais elevado que o valor recebido em um eventual jogo do São Paulo no Allianz Parque e pago forma imediata.

A atual diretoria do Palmeiras ressalta que o acordo tem conformidade com o Departamento de Futebol, e com os Órgãos de Segurança.

imagem: Ricardo Chiavegatti/ Confraria Avanti Palestra





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